Apesar da crise, e do decréscimo de ofertas, recolhidas 48 toneladas de alimentos.
Menos que na última recolha, mas a terceira maior quantidade de alimentos angariados pelo Banco Alimentar da Cova da Beira durante a campanha do passado fim-de-semana: 47,8 toneladas. Um resultado que deixa Paulo Pinheiro, coordenador da estrutura local, satisfeito e o leva a concluir que "as pessoas são muito solidárias".
"Face à realidade que vemos todos os dias, é um óptimo resultado", salienta Paulo Pinheiro, em jeito de balanço, face à quantidade de alimentos recolhidos, de encontro às expectativas. Apesar do desemprego crescente e do aumento de situações de carência, "é o nosso melhor resultado de sempre", informa. Em relação à última campanha, em que se conseguiram 50 toneladas de géneros alimentares, a quebra foi de quatro por cento.
Se por um lado algumas pessoas deixaram de conseguir contribuir, e de quem pode menos ter dado "qualquer coisinha", sem deixar de colaborar, quem pode está a dar mais, acentua o coordenador do Banco Alimentar da Cova da Beira. Realidade que Paulo Pinheiro interpreta como um aspecto positivo da crise que se vive. "As pessoas estão a tirar a cabeça da areia, começam a olhar para o lado e a aperceber-se do que se passa à sua volta", frisa.
Talvez tenha sido também esse despertar a contribuir para algumas "doações extraordinárias" de particulares, alguns anónimos. O proprietário de um supermercado no Tortosendo abriu a campanha oferecendo mil litros de leite, uma pessoa que não se identificou mandou entregar no armazém uma palete de leite, o equivalente a 720 litros, e uma outra ofereceu meia palete.

(Reportagem completa na edição papel)

Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local › Covilhã

Palavras-Chave
Paulo / Pinheiro / Alimentar / Banco / alimentos / toneladas / campanha / Cova / resultado / Beira

Entidades
Paulo Pinheiro / Banco Alimentar da Cova da Beira / Banco Alimentar / Tortosendo

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