Ana Manso deixa ULS

2012-11-28

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Substituída por Vasco Lino.
Sai Ana Manso, entra Vasco Lino. O Conselho de Ministros aprovou na passada quinta-feira, 22, a dissolução do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULS), que era presidido por Ana Manso. Uma medida que surge após alguma polémica em torno da nomeação do marido da antiga deputada, entretanto demitido, para a mesma unidade a que presidia, e após a detecção de algumas alegadas irregularidades no âmbito de uma auditoria levada a cabo pelo Ministério da Saúde e pela Inspecção Geral de Saúde.
Assim, Ana Manso, que esteve menos de um ano em funções, cede o seu lugar a Vasco Lino, 55 anos, que há bem poucos meses também tinha sido nomeado director do Agrupamento de Centros de Sáude da Cova da Beira, substituindo no cargo Manuel Geraldes. Flora Silva também integra a equipa que irá gerir a ULS, que terá como directora clínica para os cuidados hospitalares Fernanda Maçoas, Gil Barreiros como director clínico para os cuidados primários e João Rebelo Marques para enfermeiro director.
A saída de Ana Manso surge cerca de três semanas após o secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, ter assegurado que se iria manter em funções. No dia 15 de Novembro, em Seia, Leal da Costa dizia que Ana Manso continuava "perfeitamente no exercício normal das suas funções".
Já no início do ano se tinha falado na saída de Manso, após a nomeação polémica do seu marido, para auditor interno da ULS, e posterior demissão do mesmo. Mas, porém, em visita à Faculdade de Medicina da UBI, na Covilhã, Leal da Costa dizia também nessa altura que as notícias que apontavam para a saída de Ana Manso não tinham fundamento.
Já houve reacções a esta mudança. Para o líder do PSD/Guarda, Júlio Sarmento, a nomeação de Vasco Lino pode ajudar a "serenar e pacificar" o hospital local, pois considera positiva a vinda de gente "com algum afastamento em relação aos problemas locais".

Ana Manso chocada
A ex-presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, Ana Manso, declarou na passada sexta-feira, 23, que ficou "em choque" com o anúncio da sua exoneração, mas disse estar de "consciência tranquila" em relação ao trabalho feito pela equipa que liderou.
Numa conferência de imprensa realizada numa unidade hoteleira da cidade, Ana Manso disse pensar "que todos nós estávamos a trabalhar com empenho, com dedicação, sempre pondo a ULS e a Guarda acima de quaisquer interesses, quaisquer lóbis".
A ex-presidente assegurou que nunca trabalhou "em função de interesses nem de lóbis, muito menos de seitas", e que o trabalho da direção daquela unidade de saúde "era um trabalho sério, responsável, que apenas se preocupava com o bem-estar dos doentes, com a motivação dos profissionais". Ana Manso disse que a administração da ULS, cuja presidência assumiu em Dezembro de 2011, fez "o melhor" que pode e contou ter encontrado a unidade numa situação de "quase pré-falência". Sob a sua liderança, acrescentou, esta passou a ser, em termos económicos e financeiros, "a melhor da região centro e a segunda melhor do País em termos de desempenho".