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Dominguizo tem a reciclagem nos genes

2012-07-04

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São conhecidos, com propriedade, por farrapeiros. Uma actividade nos anos 40 e 50 exercida pela maioria da população, que aproveitava tudo para recolher e vender.

Ainda a palavra reciclar não estava vulgarizada e já José Varanda, hoje com 75 anos, o fazia desde adolescente. Foi farrapeiro ao longo de 40 anos, actividade comum à maioria da população do Dominguizo, que implicava percorrer toda a região, a pé, à procura de materiais de que já não se necessitasse para lhe dar outro uso.

Recolhiam tudo. Farrapos, zinco, ferro-velho, cera, alumínio, papel, garrafas ou até pele de coelho, depois vendida a fábricas de São João da Madeira para fazer chapéus. "Comprávamos de tudo. Fazíamos a separação e vendíamos aos armazenistas cá no Dominguizo", recorda José Varandas, que aos 14 anos seguiu as pisadas do pai. Deixou a profissão aos 54 anos, quando deixou de ser rentável, para passar a trabalhar para o Grupo Costa Pais.

Apesar de reformado e de há muito ter deixado de andar de saco às costas a percorrer toda a Beira Interior, até Figueira de Castelo Rodrigo, de conhece a pé de lés-a-lés, o hábito de recolher e dar nova utilização aos objectos não se perdeu. "Ainda hoje, se vejo um pedaço de metal, não fica lá", conta. "Nós aproveitávamos tudo", recorda.

Texto integral na edição em papel.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
Dominguizo / José / conhecidos / propriedade / reciclagem / genes / população / actividade / recolher / Varanda

Entidades
José Varanda / José Varandas / Grupo Costa Pais / Dominguizo / Recolhiam

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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