A gestão das coisas públicas em sentido económico/financeiro, vem sendo tema para todas as conversas e debates, escarrapachados em letras garrafais na imprensa que nos encharca os olhos.
Ensinaram-nos, em tempos idos, quando escrevíamos com um lápis de pedra e cuspíamos na lousa para apagar os erros, que os portugueses eram gente destemida, capaz de fazer das tripas coração em aventuras com ondas e oceanos, capaz mesmo de pegar em varapaus e pedregulhos para defender posições e estabelecer fronteiras. Não sabemos agora se ainda seremos do mesmo calibre ou uns quaisquer medricas que se assustam por pouco e por nada não se importando de virar costas quando as coisas parecem não correr bem ou não nos fazem as vontades, sobretudo as de natureza financeira.
Há quem diga que estamos perto do poço do inferno. Isso sabemos nós e sabia um senhor ministro que nasceu cá para estas bandas, mas também sabemos que temos à mão um poio do judeu, pedras do urso e outos calhaus a que poderemos agarrar-nos se nos virmos atrapalhados a sério ou se alguém quiser medir forças connosco.
A gestão das coisas públicas em sentido económico/financeiro, vem sendo tema para todas as conversas e debates, escarrapachados em letras garrafais na imprensa que nos encharca os olhos. Começa agora a constar que a violência doméstica é toda ela resultado da incerteza, insegurança e trapalhada social que vai envolvendo todo o género de famílias e de todas as idades e credos.
A família governativa que contraiu matrimónio após assédio eleitoral, reforçado com prendas e mais prendas, bocas e mais bocas, muitas das quais não passaram de promessas, tem vindo a degradar-se a tal ponto que alguns dos mais sérios herdeiros já bateram com portas, ficando com um pé fora e outro dentro. Outros preferiram abandonar a casa para serem substituídos. A violência doméstica/governativa continua em fase tão acelerada que, temendo a incapacidade de gestão do património herdado, o senhor instalado no reino de Belém resolveu pedir auxílio aos deuses para que puxem pelas suas graças e se unam na busca de soluções comuns e eficazes. Se os membros da dita família governativa forem capazes de corresponder ao desafio que lhes foi lançado, pode ser que o tempo de verão continue ameno, mesmo com algumas alergias provocadas pelas algas que pretendem afugentar banhistas das praias de Carcavelos, Estoril, Oeiras, Caparica e arredores. Mas se as nuvens se aproximarem e desabarem em densas trovoadas, não haverá outro remédio senão as eleições antecipadas que poderão fazer esquecer outras que já andam na berlinda e são muito mais próximas de nós. Nestas os vírus das alergias serão de outra natureza. Prendem-se, sim, com o ordenamento do território, a associação de Freguesias, escritas com letra maiúscula, e que poderão também descambar para a tal denominada violência doméstico/local, para a qual não saberemos se já terá sido descoberta ou inventada a correspondente vacina milagrosa.
E, já agora, enquanto o pau vai no ar e folgam as costas, vamos até à feira de S. Tiago, onde o cheiro a farturas e sardinha contagia, a bom contagiar, os ares que envolvem o Complexo Desportivo da Cidade da Covilhã.
Autor
Sérgio Saraiva
Categoria
Opinião
Palavras-Chave
capaz / Ensinaram-nos / mesmo / sabemos / gestão / violência / governativa / financeiro / Confusões / idos
Entidades
S. Tiago / reino de Belém / Carcavelos / Estoril / Oeiras
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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