Novo reitor da UBI quer diálogo "franco e permanente".
António Fidalgo, o novo reitor da Universidade da Beira interior, desafiou os Institutos Politécnicos da Guarda e de Castelo Branco a reforçar a cooperação, criando uma "plataforma de diálogo franca e permanente" para dar resposta à reorganização iminente da rede do Ensino Superior.
"A UBI não pode comprometer-se com a região sem uma estreita colaboração com os Institutos Politécnicos da Guarda e de Castelo Branco. Há áreas em que nos complementamos e áreas em que podemos reforçar-nos", acentua o sucessor de João Queiroz.
A articulação já existente entre os hospitais das três cidades, no apoio ao curso de Medicina, é dado como um exemplo do que pode ser "válido em outros campos".
Na cerimónia de tomada de posse, na última quinta-feira, 5, António Fidalgo sugeriu a realização de encontros, com uma periodicidade mínima anual, que envolva também autarquias e associações empresariais, com vista a desenvolver "projectos comuns".
O reitor espera que desses encontros resulte o "intensificar de relações que existem e têm de existir na região" e que a Beira Interior possa "falar a uma só voz".
Se, por um lado, António Fidalgo entende que no processo de reorganização as instituições de ensino superior devem optar por dar um contributo, no sentido de encontrar soluções, em vez de terem uma atitude passiva e aceitarem o que for decidido por terceiros, por outro as exigências do próximo Quadro Comunitário de Apoio também obriga a essa "cooperação reforçada" entre as várias organizações.
"Ou nos unimos todos para tornar a região uma região mais forte, ou iremos perder crescente e inexoravelmente a força económica e política que nos resta", frisa António Fidalgo, que centrou o seu discurso na baixa densidade populacional e no envelhecimento da população da Beira Interior. Os assuntos relacionados com a vida interna da universidade, informou, ficariam para o discurso de abertura do ano lectivo.
Nascem agora metade dos bebés que em 1980, os candidatos ao ensino superior têm vindo a diminuir e esse cenário tende a agravar-se, por isso defende que as autarquias têm de se preocupar mais com a "vida concreta das pessoas", para se tornar uma região "propícia à natalidade e à fixação de pessoas".
"Gastaram-se rios de dinheiro, nomeadamente os muitos milhões dos fundos comunitários, para as infra-estruturas que servissem as pessoas, e agora que as temos, estamos a perder as pessoas que delas se servem e faltam-nos as pessoas que delas se poderiam servir", salienta António Fidalgo, para quem os protagonistas políticos e sociais da região devem ter consciência da importância das instituições de ensino superior para a atracção de investimento.
(Notícia completa na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
politécnicos / Fidalgo / António / permanente / região / Institutos / Guarda / Castelo / Branco / UBI
Entidades
António Fidalgo / João Queiroz / Institutos Politécnicos da Guarda / UBI / Universidade da Beira
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original
Na tomada de posse como novo reitor da UBI, João Queiroz reforçou a aposta na investigação e qualida...
Paulo Macedo quer ver em funcionamento um Pólo de Saúde na região e o CHCB como "protagonista do fut...