Chuva e crise estragam festa motard

2013-03-13

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Os 25 anos da concentração organizada pelos Lobos da Neve não tiveram a adesão esperada

A crise e a chuva foram as justificações apontadas para a pouca adesão à 25ª Concentração Invernal Lobos da Neve, que entre sexta e domingo decorreu no despido Pavilhão da Anil, na Covilhã.

Granizo no primeiro dia e a chuva copiosa nos restantes obrigaram, pela primeira vez na história do evento, ao cancelamento do habitual desfile de sábado à noite pelas ruas da cidade, devido ao receio de quedas. Uma decisão com a qual os motociclistas, receosos de grande parte do piso em paralelos, concordaram.

A festa não foi a esperada. Tanto a organização como os motards queriam fazer da data uma celebração especial, que a participação de um número abaixo do previsto não permitiu. Ainda assim, quem marcou presença animou o ambiente e houve representantes de moto clubes de vários pontos do país, de Fafe a Almodôvar, e um grupo numeroso de Segóvia, Espanha.

É a "amizade e o convívio" que trazem Manuel Fernandes, motociclista de 38 anos, há 14 à Covilhã. Este ano não foi diferente. A chuva demoveu ou fez voltar para trás alguns dos 120 inscritos, mas não o motard de Guimarães e os amigos que o acompanham. "Posso não fazer mais nenhuma concentração, mas aqui venho de certeza", frisa. O motivo? A boa relação estabelecida com os Lobos da Neve, que também costumam ir à sua cidade.

Fez mais de 300 quilómetros na Honda Hornett de 600 centímetros cúbicos. A cada um, a viagem fica em 150 euros só em combustível e portagens, fora alojamento e alimentação. "E a situação do País não ajuda", acrescenta. As condições meteorológicas, e as estradas cortadas para a Serra, também não permitiram uma visita à neve. Por isso o tempo foi passado a jogar às cartas, a comer presunto e a conviver com outros motards. É isso que o move. "Aqui não é como no futebol, não há rivalidades entre clubes", salienta.

(Notícia Completa na edição impressa).