Carlos Pinto acredita ter realizado a ideia que tinha para a Covilhã

2013-08-28

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Entrevista ao presidente da Câmara, que faz balanço dos 20 anos de mandato.

Presidente deixa o cargo, com um até sempre ou até já?
Até sempre, porque aqui nasci, aqui resido e esta é a minha terra. E até já, porque tudo o que respeite à Covilhã e à Região terá sempre a minha atenção. Mas agora o tempo municipal que aí vem terá outros protagonistas no palco das decisões.
Mas é uma fase que termina na sua vida pública. Haverá novo tempo?
A nossa vida é um livro. E, em cada novo momento, é preciso voltar páginas desse livro. Tenho orgulho no que já escrevi e talvez haja assunto para novos capítulos…
Se voltasse atrás, teria dedicado vinte anos ao Município?
Com toda a franqueza, nunca imaginei estar tanto tempo num cargo público. Em 1989, decidi candidatar-me para fazer um mandato, porque gostava de ser Presidente da Câmara da minha terra e tinha uma ideia para a Covilhã. Hoje, acho que a realizei.

E que ideia era essa?
Queria combater um certo conformismo e falta de ambição existente naquela época. Acabei por ir ficando, abandonando muita coisa que aspirava fazer na minha vida pessoal. Apaixonei-me pelo exercício autárquico, tudo dando à Câmara, em tempo, saúde e renúncias várias.
Então que razões o levaram a estar cinco mandatos, onde não planeou ficar?
A principal razão, é que gosto muito da Covilhã e dos covilhanenses. Sobretudo dos mais simples. Depois, descobri que a partir da Câmara, podia ajudar a Covilhã a realizar uma mudança estratégica, percorrendo um novo caminho de desenvolvimento e progresso, depois dos difíceis anos oitenta.
Como estava o Concelho, quando chegou à Câmara, no primeiro mandato?
Nessa época apenas se falava de descalabro industrial e crise social grave. No plano municipal, repetia-se à exaustão, o "bloqueio" ao crescimento urbano e à expansão para o vale.
E que balanço faz destes vinte anos?
Acho que deixo o Concelho modernizado do ponto de vista de infra-estruturas de todo o tipo e uma nova cidade na zona sul. Um novo rumo de abertura à especialização nas novas tecnologias, com novas empresas e empresários. Está à vista de todos.

(Entrevista completa na edição papel)