José Pinto diz que CDU faz falta para confrontar interesses

2013-08-28

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José Pinto candidata-se à Câmara da Covilhã com o apoio da CDU. Ao NC diz não reconhecer aos outros candidatos maior capacidade.

O que o leva a candidatar-se?
Como é do conhecimento público, sou autarca, presidente da Junta da Boidobra, há 24 anos. Pela nova lei, não é permitido recandidatar-me. Muitos foram, em particular os Boidobrenses, os que mostraram estranheza e até alguma repulsa por tal facto. Assim, juntaram-se e falaram comigo para que a minha experiência autárquica pudesse ser continuada, ao serviço da população do concelho.
Tal proposta levou-me a refletir e acabei por aceitar o desafio. Sei que é uma grande responsabilidade, mas também sei que toda a minha vida, incluindo a profissional, tem sido de liderança de diferentes projetos. Por outro lado, em breve estarei aposentado das minhas funções de professor e assim terei todo o tempo para continuar a dedicar-me à causa pública, como sempre fiz ao longo de mais de 40 anos. Por último, não reconheço aos outros concorrentes maiores capacidades. Dois deles já foram sufragados e nunca ganharam e os outros dois nunca o foram. Eu já o fui por 6 vezes e sempre ganhei com maioria absoluta.
Quais são as suas prioridades?
Nestes últimos anos de gestão autárquica do PSD/Carlos Pinto acentuou-se a discriminação política, a prepotência, o abuso de poder, a arrogância e o autoritarismo, em simultâneo com a benevolência para os amigos e as avenças principescas para os apaniguados políticos; agravou-se a visão negocista do território, a especulação imobiliária, a gestão económica e financeira irresponsável traduzida na alienação crescente de património; privatizaram-se bens públicos essenciais, em particular a água.
A CDU propõe uma rutura com tudo isto porque é necessário por em prática uma política diferente, assente nos seguintes vetores: emprego, conhecimento, inovação, ambiente e mais a quem mais precisa. A CDU constitui assim a mudança necessária para uma política ao serviço da população. Queremos um concelho socialmente justo, gerador de emprego com direitos, urbanisticamente equilibrado e sustentável e que seja uma referência cultural e desportiva. Queremos um concelho com gestão participada em que a opinião das pessoas conte e seja respeitada. Queremos um concelho mais justo e democrático. Queremos uma Câmara Municipal comprometida com a defesa da coisa pública, uma gestão rigorosa e transparente. Para construirmos um programa que lhes dê corpo, solicitámos a colaboração de eleitos e ativistas da coligação que, com a sua experiência e ligação à vida do concelho, juntamente com técnicos de diversas áreas e população em geral, contribuíram para a sua concretização.

Assim, entendemos que o executivo municipal deve assumir uma posição de liderança na transformação económica e social assumindo projetos e iniciativas, articulando os parceiros sociais e incentivando a inovação.

(Entrevista completa na edição papel)