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Insolvência decretada na Carveste

2013-10-02

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Mais de 200 pessoas para o desemprego.

Fim de linha para a Carveste. A empresa de confecções de Caria, concelho de Belmonte, fecha mesmo portas, já que, no passado dia 23, o administrador judicial efectuou o pedido de declaração de insolvência da empresa. Serão extintos os cerca de 200 postos de trabalho que havia.
"É, certamente, o fim do nome Carveste. Vamos agora aguardar por desenvolvimentos, mas se algum credor interessado aparecer, sempre pode ser reactivada. Embora não tenhamos grande esperança" explica Marisa Tavares, delegada sindical na empresa.
Segundo ela, no dia 23, a insolvência da empresa foi decretada, e no dia seguinte o Sindicato Têxtil da Beira Baixa ficou a saber disso. Na terça-feira passada a informação foi transmitida aos trabalhadores, num plenário realizado na Junta de Freguesia, mas este "era um desfecho esperado. Já quando fomos ao ministério da Economia, a Lisboa, ficámos com essa ideia, já que é uma empresa com uma dívida superior a 33 milhões de euros, e na qual muito dificilmente alguém pegaria" afirma Marisa Tavares.
Luís Garra, presidente do Sindicato, afirma à Rádio Caria que "o administrador de insolvência em vez de apostar num processo de recuperação para retomar a laboração, aposta num processo de destruição da empresa" para eventualmente "dar cobertura a alguém que possa depois querer aparecer como tipo salvador mas para criar meia dúzia de postos de trabalho". Luís Garra afirma que "os trabalhadores vão aguardar pelos desenvolvimentos, pelo relatório do administrador e pela proposta que o administrador eventualmente venha a apresentar para o futuro da empresa, se pensa num plano de recuperação ou se pensa na liquidação". A Assembleia de Credores está marcada para o dia 13 de Dezembro.
Muitos desses credores são os próprios trabalhadores, que segundo Luís Garra, também têm uma palavra a dizer. Pelo mesmo diapasão alinha Marisa Tavares, que diz ser esta uma situação muito difícil para muita gente, nomeadamente uma dezena de casais que ali laboravam, mas também para os restantes trabalhadores, muitos deles com idades em que "são novos demais para a reforma, velhos demais quando procuram emprego". Um cenário que "é também muito mau para o próprio concelho", pois "arranjar trabalho não é nada fácil".
A Carveste foi, ao longo dos anos, uma das maiores confecções do concelho de Belmonte, empregando muita gente. Nos últimos anos foi resistindo a muitos problemas económicos, reduzindo postos de trabalho e, no passado mês de Julho, suspendeu os contratos de trabalho a cerca de 200 operários, os últimos "resistentes" a uma década complicada que a empresa viveu.



Autor
João Alves

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
empresa / Carveste / Insolvência / Tavares / Marisa / Garra / administrador / Luís / trabalhadores / Caria

Entidades
Marisa Tavares / Luís Garra / Carveste / Sindicato Têxtil da Beira Baixa / Junta de Freguesia

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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