Farmáci social já abriu.
Medicamentos mais baratos para os sócios. É esta uma das vantagens da qual podem passar a usufruir agora os sócios da Associação Mutualista Covilhanense que na passada quinta-feira, 10, inaugurou a sua farmácia social, localizada no edifício do lar de idosos da instituição, junto ao Largo do Calvário. Um investimento de 500 mil euros que também abrange as novas instalações do centro clínico.
Segundo o presidente da direcção, Carlos Casteleiro, os sócios irão ter descontos na ordem dos 10 por cento e a farmácia disponibilizará todo o tipo de produtos que se vendem em qualquer outra. Nos últimos seis meses, desde que a instalação foi anunciada, a Mutualista recebeu cerca de 300 novos sócios, segundo Casteleiro, que espera conseguir chegar aos 800, estando a decorrer uma campanha de isenção de jóia de inscrição. Os aposentados pagam um euro por mês para serem sócios, mas qualquer pessoa se pode inscrever, com quotas a rondarem os 25 euros por ano.
Carlos Casteleiro afirma que com esta nova valência ficam "cumpridos todos os objectivos" delineados pela actual direcção, que cumpre assim o seu programa até porque também o projecto das residências assistidas está pronto. O líder da Mutualista sublinha a importância da farmácia num contexto de crise, possibilitando a aquisição de medicamentos "a preços mais reduzidos".
A farmácia da Mutualista Covilhanense é a 14ª do género a nível nacional. Existem nove que para além de venderem aos seus associados, vendem também ao público em geral, e existem cinco (entre as quais a da Covilhã) que vendem apenas a associados, familiares e beneficiários. Na calha estarão mais quatro, em Portugal, mas com processos que se encontram em imbróglios jurídicos, segundo o presidente da União das Mutualidades Portuguesas, Luís Silva, que acusa o Infarmed de não facilitar os licenciamentos. "Tem sido uma luta" assegura.
Também a farmácia da Mutualista Covilhanense esteve muito tempo "encravada" nestas burocracias, pelo que, para o presidente da Assembleia Geral, Mário Carriço, esta abertura se tornou "num sonho realizado". Este responsável avisa que a estrutura será "aquilo que os utentes desejarem que seja". Já Luís Silva, presidente da União das Mutualistas, classificou o momento de "muito especial", de "júbilo e orgulho" lembrando a dificuldade que existiu em dotar estas farmácias de regime jurídico. "Esta inauguração reforça o alento, a força e a alegria necessários à defesa do direito das mutualistas em prosseguirem um dos seus fins fundamentais no âmbito do apoio à saúde, que é a assistência medicamentosa" afirma. Silva recorda que estas farmácias permitem o acesso a medicamentos por parte de utentes com maiores carências económicas e assegura que nas farmácias sociais não se visa o lucro, com o dinheiro obtido a ser aplicado "no reforço dos benefícios concedidos aos associados".
Autor
João Alves
Palavras-Chave
Mutualista / Sócios / baratos / Farmáci / farmácia / Casteleiro / medicamentos / Covilhanense / presidente / farmácias
Entidades
Farmáci / Carlos Casteleiro / Casteleiro / Luís Silva / Mário Carriço
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