Autarca destaca importância do certame, que cativou milhares de pessoas em três dias.
Foi já no "reinado" de Amândio Melo que, há uma década atrás, se começou a realiza a Feira Medieval do Artesão, em Belmonte. No passado fim-de-semana, entre 16 e 18 de Agosto, decorreu, na zona do castelo e centro histórico, a 10ª edição do certame, que acolheu milhares de pessoas, fazendo-se notar a presença de muitos espanhóis, este ano. E no primeiro dia, ao contrário das nove edições anteriores, foi um autarca trajado a rigor que esteve na abertura da feira.
"Às vezes, ao fazermos estas coisas, somos mal interpretados. Desta vez, como não sou candidato a coisa nenhuma, decidi participar de forma mais activa. As pessoas gostam da feira, gostam de participar, pela sua terá, e não é preciso fazer muito para as motivar a isso. Espero que quem venha mantenha esta dinânima. Que faça com que as pessoas continuem a sentir que fazem parte da feira" afirma o autarca belmontense, satisfeito pelo "crescimento" do certame, ano após ano. "É a última na qual participo como presidente. O crescimento tem sido considerável, temos mais expositores que no ano passado e até tivemos que recusar alguns. Mas fomos mais criteriosos nas escolhas" assegura, pois "não queremos que isto se transforme num mero mercado".
A 10ª edição da Feira Medieval do Artesão, organizada pela Câmara e Empresa Municipal, contou, segundo estas entidades, com 150 expositores. Houve muito artesanato, mas foi sobretudo a área da restauração que cativou mais gente, com as tradicionais iguarias como o porco no espeto, os enchidos, crepes, filhoses ou sangria. Este ano foi aberta mais uma rua ao público, junto à padaria da vila, e aquilo que saltou à vista, em relação a outros anos, foi o facto de quase todos os expositores trajarem a rigor, havendo mesmo quem apenas visitasse a feira, mas que levava roupa a preceito para o local.
Não faltaram nas ruas as gaitas de foles, os bombos, os mendigos, os bêbados, os cavaleiros, as aves de rapina e alguns espectáculos nocturnos. No sábado, no assalto ao castelo, milhares de pessoas assistiram a esta recriação, entupindo de automóveis as diversas ruas da vila.
Sobre o não aproveitamento do feriado de dia 15 para estender a feira a quatro dias, o autarca considera que no passado já se fez essa experiência, mas que não resultou. "Penso que três dias é o ideal, para que as pessoas não se cansem e não tenhamos um último dia apenas com metade das tendas".
O vereador Jorge Amaro elogia a iniciativa, mas defende a recriação de temas da história local e um maior envolvimento das colectividades na iniciativa. "Penso que não faltam temas" assegura.
O certame terminou no domingo à noite com um concerto de guitarra portuguesa com a presença de Gustavo Castela.
Autor
João Alves
Palavras-Chave
Feira / Amândio / pessoas / Belmonte / Melo / milhares / Medieval / Autarca / certame / Artesão
Entidades
Autarca / Amândio Melo / Jorge Amaro / Gustavo Castela / Amândio
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