Em entrevista ao NC, Joaquim Matias defende ser o candidato que mais experiência tem e está melhor preparado para ser presidente de Câmara.
NC- O que o leva a candidatar-se?
Joaquim Matias- Acredito que é fundamental inaugurar uma nova forma de diálogo e de interacção com os nossos cidadãos. Defendo uma forma de gestão local, mais próxima das pessoas e dos seus problemas. Ouvir e dialogar são duas palavras que caracterizam a candidatura "Covilhã: um Concelho para todos" e o meu desígnio é o de apostar numa política mais participativa, pois acredito que é isso que os nossos cidadãos desejam. De outro modo, os covilhanenses querem para presidente alguém com a experiência que garanta as melhoras escolhas para o desenvolvimento económico, social e cultural da região. A experiência que adquiri durante quatro mandatos, cerca de 15 anos, como vereador garantem aos nossos cidadãos que estou preparado para assumir estas funções de elevada responsabilidade. Sei dizer-lhe como as freguesias respiram desde 1993. Sei como respiraram de 1993 a 1997, de 1997 a 2006 e sei como respiram agora, porque andamos no terreno e ouvimos as pessoas. Por outro lado, conheço a Câmara em todos os sentidos, conheço os recursos humanos da autarquia e conheço as potencialidades e os desafios do nosso território. A Covilhã merece um elenco camarário com uma visão global, não tendo interesses pré-definidos ou individuas. O objectivo deste grupo de trabalho é servir todos os covilhanenses, daí referir que queremos uma Covilhã para todos e um Concelho para todos.
Quais são as suas prioridades?
O programa de governo local está em construção com os covilhanenses e as prioridades resultarão do pulsar da sociedade civil. Não é por acaso que o nosso slogan se intitula "Sentir a Covilhã, Pensar o Futuro". Queremos, de facto, pensar e construir o futuro com os nossos cidadãos e os conceitos de participação e de cidadania estarão sempre subjacentes às medidas que pretendo implementar como presidente. Só podemos construir um concelho para todos se estivermos próximos dos cidadãos e se estimularmos a sua participação na política.
Contudo, no que se refere a medidas concretas, as prioridades são sobejamente conhecidas. Reavaliação do preço da água, pois as taxas actuais são injustas e despropositadas. Redução do IMI, da Derrama e da Taxa de Ocupação do Subsolo. Implementar e incentivar uma forte cooperação com a UBI é outra das nossas bandeiras. Queremos oferecer estágios na Câmara e noutras instituições, aproveitando os programas de estágio existentes e impulsionado outros. Pretendemos, também, colaborar com alunos e investigadores das várias Faculdades na requalificação do Centro Histórico, na acção social, no desporto, empreendedorismo, comunicação, e restantes áreas. A autarquia não pode estar de costas voltadas com a Universidade, como infelizmente hoje acontece. Criar um gabinete de apoio à Educação e Formação Profissional, dialogando com as instituições de ensino dando respostas às necessidades do mercado de trabalho é outra prioridade, assim como fomentar o empreendedorismo, a criação e a captação de novas empresas lançando concursos competitivos e atribuindo financiamento aos melhores projectos. Por outro lado, e inserido neste contexto, queremos impulsionar a fixação dos jovens através de políticas de arrendamento habitacional atrativas e da criação de modelos de negócio. Há algumas semanas apresentámos, também, um manifesto para a Agricultura, apesar de alguma imprensa regional ter ignorado esse facto. O documento tem como principais vértices a criação de uma marca de escala, a disponibilização de um banco de terras a jovens agricultores, o desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer no espaço rural e a criação de microempresas e de feiras agrícolas.
Pretendemos, também, trabalhar incansavelmente na área social e queremos criar uma rede social de apoio a idosos, crianças e famílias carenciadas envolvendo todas as entidades de índole social. Nas velhas ruas do centro e em vários pontos do concelho habitam muitos idosos, gente que esconde a sua envergonhada pobreza, que vive na solidão, acamada ou com dificuldades para sair à rua. É para essas pessoas que devemos olhar e vamos implementar o sistema da habitação protegida, aproveitando os fundos comunitários que existem para o efeito. Além disso, temos projectos para a área desportiva, para melhorar o estacionamento no centro histórico, para o comércio e para a aposta no turismo que crie emprego e dinamize a região.
(Entrevista completa na edição papel)
Autor
NC
Palavras-Chave
Matias / Joaquim / concelho / cidadãos / Covilhã / social / queremos / Câmara / criação / experiência
Entidades
Joaquim Matias / Joaquim Matias- Acredito / NC / Educação e Formação Profissional / Câmara
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