Entrevista ao candidato do Movimento Resgatar a Covilhã.

O que o leva a candidatar-se?
A decisão da minha candidatura como cabeça de lista à Câmara Municipal da Covilhã pelo Movimento Resgatar a Covilhã / BE resulta, em primeiro lugar, do facto de ter assumido sempre, ao longo da minha vida, mais ou menos adequadamente, uma postura ativa e interventiva visando uma sociedade equitativa e instituições mais justas. Em segundo lugar de ter sido convidado e eleito pelo Movimento Resgatar a Covilhã (MRC) para assumir esta missão cívica e em terceiro lugar lugar porque nunca fui dado a virar costas aos desafios e apelos de participação ativa na resolução dos graves e prementes problemas com que nos confrontámos no tempo da ditadura fascista e nos confrontamos hoje de maneira não menos dramática, a nível nacional e a nível local. A História ensina-nos que as crises são oportunidades para baralhar e voltar a dar, e pressinto a emergência de uma estratégia de reconquista do poder pelos espoliados da atual ditadura financeira e seus aliados políticos e intelectuais.

Quais são as prioridades do Movimento Resgatar a Covilhã?
A questão das prioridades beneficiou felizmente de profunda e participada análise e reflexão de um grupo de covilhanenses do MRC conhecedores das realidades municipais e da via para resgatar as "fadas cativas" do nosso concelho para um futuro melhor e mais justo para todos os covilhanenses, sem exceção nem discriminação. Queremos criar mecanismos de participação popular e de transparência na gestão municipal. Sem participação não poderá haver mudança qualitativa na gestão municipal. Daremos atenção muito especial às políticas sociais e inclusão. Pretendemos defender uma economia solidária, justa, centrada nas pessoas e apostamos nos recursos naturais, de forma a rentabilizar para as populações locais as potencialidades do património natural e humano. Sendo a água um bem comum e essencial à vida, a nossa candidatura defende o regresso deste bem ao domínio público mediante a realização de um referendo local e uma auditoria aos contratos realizados com as empresas concessionárias. Queremos proceder a estudos de avaliação e promover o aproveitamento racional do potencial agrícola, aquícola e das energias renováveis do território municipal; continuar o processo de reabilitação e repovoamento da parte velha da cidade e aldeias rurais; estimular o arrendamento jovem a preço socialmente justo; incentivar e promover a criação de emprego no concelho; apoiar o comércio local e tradicional; criação e revitalização das Associações de Produtores Florestais, promovendo a limpeza e ordenamento da floresta e o aproveitamento social e económico das mais-valias florestais; instituir um programa de incentivos e medidas efetivas de combate ao abandono escolar; a infoinclusão; criar uma Casa da Cultura, através da recuperação de um imóvel que esteja desativado, dotada de um Conselho Consultivo da Cultura eleito por todos os agentes municipais criadores ou animadores de bens culturais; possibilidade de criação de uma Televisão Local, aproveitando as sinergias da cidade; criação da Carta Associativa do Concelho.

(Entrevista completa na edição papel)

Autor
NC

Categoria
Local › Covilhã

Palavras-Chave
Covilhã / Resgatar / Movimento / Reis / Municipal / entrevista / criação / concelho / MRC / participação

Entidades
Movimento Resgatar / BE / MRC / Associações de Produtores Florestais / Conselho Consultivo da Cultura

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