UBI queixa-se dos cortes

2014-10-29

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Reitor diz que instituição é a mais sub-financiada do País.

A Universidade da Beira Interior (UBI) é a mais "crónica e escandalosamente sub-financiada" do País", denunciou o reitor da instituição, na Abertura Solene do Ano Académico, no dia 21.
Embora aponte a universidade que lidera como um exemplo de "superação contínua" e garanta o compromisso de "bem ensinar e investigar", António Fidalgo chama a atenção para as "dificuldades enormes" com que a instituição tem de lutar para cumprir os seus desígnios. Por isso reivindica o que é "justo e equitativo".
Para demonstrar a forma como a UBI tem sido prejudicada, o reitor analisa os números. Do montante global do Orçamento do Estado destinado ao ensino superior, de acordo com a fórmula em vigor, a instituição instalada na Covilhã devia receber 2,91 por cento, salienta Fidalgo. "Pois fiquem sabendo que em 2013 apenas recebemos 2,30%. Ou seja, a UBI deveria receber mais 26% do que aquilo que efetivamente recebe para chegar à média de financiamento nacional", explicou.
Na origem da "discrepância" está "o famigerado histórico do financiamento", uma vez que as transferências actuais têm por base as dos anos anteriores, e as cativações, no ano passado no valor de meio milhão de euros, que "outras instituições, sem sub-financiamento crónico, não tiveram", realçou.
"Na UBI não vivemos acima das nossas possibilidades. Lutamos com dificuldades enormes, temos falta de pessoal docente e não docente e, usando um plebeísmo forte, os cortes efectuados chegam ao osso", acrescentou António Fidalgo.

(Notícia completa na edição papel)