Pereira lamenta extremos na Boidobra

2014-04-09

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Autarca diz que impasse na Junta tem divergências de natureza pessoal.

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã diz que o impasse vivido na Junta de Freguesia da Boidobra é muito diferente da situação do Tortosendo e da União de Freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Souto. "Aí existiam divergência de natureza política. Na Boidobra são questões de natureza pessoal", considera Vítor Pereira. "O que vejo são posições extremadas", acrescenta.
O edil mostra-se disponível para encetar mais diligências e participar em reuniões com vista à resolução do problema, mas diz ter noção da dificuldade em ultrapassar as divergências existentes. No caso dos cinco elementos da oposição, "estão todos ofendidos", comenta Vítor Pereira, a quem o vereador José Pinto, do PCP, anterior presidente de junta de freguesia, na última reunião camarária pediu que intercedesse.
José Pinto, da mesma cor política da maioria na Junta de Freguesia da Boidobra, informou ter apelado quer ao presidente da Câmara Municipal, quer aos representantes das outras forças políticas, para que procurassem junto dos actores no processo resolver a situação "e ver se ainda vamos a tempo, porque quem está a pagar por isto é a população da Boidobra".
Na óptica de José Pinto "fez-se muito pouco para que esta questão não chegasse onde chegou".
A junta de Freguesia da Boidobra encontra-se em gestão corrente desde Janeiro, já que o orçamento para este ano está por aprovar. Nas eleições Autárquicas de Setembro a CDU obteve a maioria, com quatro eleitos. O PS elegeu três representantes e as duas listas independentes um cada. No processo de instalação dos órgãos, a oposição denunciou irregularidades, que a CDU nega, e o caso foi entregue ao Ministério Público. Até ao momento as partes ainda não se conseguiram entender. A autarquia está paralisada, sem possibilidade de tomar decisões, e o cenário de novas eleições está em cima da mesa.