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Igualdade entre Interior e Litoral defendida por Sócrates

2014-05-02

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José Sócrates, homenageado em Belmonte, frisa que hoje são dadas poucas oportunidades ao Interior.

"Não gosto de comentar isso. Não quero contribuir para isso". Após, no seu discurso, no Dia do Concelho, o autarca belmontense, Dias Rocha, ter lamentado, no passado sábado, o "desprezo" do actual Governo pelo Interior, foi assim que José Sócrates tentou, de alguma maneira, escapar à questão. Mas, porém, aquele que, no Interior, deixou a sua marca em várias obras, não resistiu a dizer que a questão da interioridade "é bem mais de fundo".
O ex-primeiro ministro mostrou-se "preocupado" com a falta de oportunidades que são dadas aos portugueses que vivem no Interior, pediu a "todos os poderes democráticos" que tenham em atenção "a questão da igualdade" e referiu que a igualdade entre Litoral e Interior "é bem mais que uma questão económica".
José Sócrates foi distinguido com a "Chave do Castelo" de Belmonte como "reconhecimento pelo trabalho em prol do desenvolvimento local e regional". Os elogios ao ex-primeiro-ministro foram mais que muitos por parte do presidente da Câmara, Dias Rocha. "É um profundo conhecedor deste município. Mais que um primeiro-ministro de créditos reconhecidos, foi um amigo desta região do Interior. Mais que um amigo de intenções, foi um amigo de acções" considera o autarca, após lembrar o apoio de Sócrates às obras da envolvente do Castelo, na remodelação da tulha e solar dos Cabrais (que acolhem um museu e a biblioteca municipal) ou o apoio à construção do quartel da GNR, para além de outras obras na região, como o Polis, A23 ou Faculdade de Medicina da UBI.
Sócrates agradeceu, lembrou a "alegria" de estar no meio de amigos, que fez na política, embora "nem sempre estivéssemos do mesmo lado". "O mais encantador da política é ser convidado para ser amigo. A política deixa sempre como melhor sentimento a amizade" frisa Sócrates. O ex-primeiro ministro recordou amigos de Belmonte, como o ex-empresário Luís Elvas, e que foi ali que, em 85, fez a sua primeira campanha de rua, ao lado de Guterres. "Na altura, a educação não era para todos. Lembro-me que perdemos. Foi o ano do PSD. Fizemos campanha numa feira. Guterres aconselhou-me a ser simpático para as pessoas quando entregasse a nossa propaganda. No final da manhã, o número de pessoas que me dizia que não sabia ler era enorme" disse Sócrates, que teve "contacto com a maior chaga do antigo regime: o analfabetismo. Por isso quando comemoramos Abril, lembro-me de Belmonte" assegura.
O ex-primeiro ministro considerou também nesta cerimónia que as diferentes formas de assinalar a revolução também fazem a grandeza do 25 de Abril. "Acho que comemorámos o 25 de Abril em acção, com a democracia em acção, não com a democracia parada e suspensa contemplativa a olhar para si própria. Não, comemorámos na discordância, na polémica, na dissidência. Acho que foi uma boa forma de comemorar Abril", vinca.

(Artigo completo na edição papel)



Autor
João Alves

Categoria
Local Belmonte

Palavras-Chave
Interior / Sócrates / Belmonte / José / Abril / amigo / Litoral / Igualdade / Rocha / Castelo

Entidades
José Sócrates / Dias Rocha / Sócrates / Luís Elvas / Guterres

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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