Metade dos desempregados sem subsídio

2014-05-15

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No distrito de Casrtelo Branco.
Mais de 40 por cento dos cerca de 15 mil desempregados do distrito de Castelo Branco, em 2013, não recebiam subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego. O número foi adiantado na passada quinta-feira, 8, pelo coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Luís Garra, durante uma acção para assinalar o Dia da Segurança Social.
Garra explica que quase metade dos desempregados já não têm qualquer apoio social e que, para já, este número "é enganador", pois verte apenas sobre números oficiais no que toca a desempregados inscritos nos centros de emprego. "Faltam ainda aqueles que mesmo em situação de desemprego já não figuram nas listas" explica o coordenador da União de Sindicatos, que classifica a situação de "grave" já que "estamos num distrito envelhecido e que perdeu população, que foi obrigada a emigrar".
Na quinta-feira, a USCB assinalou o Dia Mundial da Segurança Social lembrando que o apoio social do Estado foi "uma das mais importantes conquistas do 25 de Abril", pois atenuou situações de pobreza e exclusão social. Porém, "tem havido um forte ataque deste Governo às funções sociais do Estado", lamenta Luís Garra, que acusa o executivo de Passos Coelho de "não olhar a meios para atingir fins". O coordenador da USCB diz que o argumento de que a Segurança Social não tem sustentabilidade "é uma mentira" e que se, de algum modo, isso é posto em causa, é pelo "elevado número de desempregados" que existem no País. "Há cada vez mais sem protecção social do Estado" lastima Garra, lembrando que de um milhão e meio de desempregados no País, apenas 310 mil recebem subsídio. "A pobreza está a aumentar devido a esta política de terrorismo do Governo. Sem a Segurança Social, a taxa não estaria nos 18 por cento, mas sim nos 46,9, ou seja, afectaria mais de quatro milhões de pessoas" contabiliza o coordenador da USCB.