Crianças apresentaram-se na escola da Erada no primeiro dia de aulas

2014-09-17

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Pais e junta garantem não ter sido informados sobre o local onde os alunos se deviam apresentar e concentraram-se à porta da unidade de ensino que a tutela encerrou. Na terça, já foram para o Paul.

Apesar de encerrada, na manhã da última segunda-feira, 15, as crianças da Erada apresentaram-se na escola da terra, acompanhadas dos pais, avós e elementos da Junta de Freguesia, em protesto por não terem sido informados sobre o estabelecimento de ensino onde se deviam apresentar, sobre a forma como vão ser transportados e sobre as refeições.
"Até esta manhã, ninguém informou a Junta de Freguesia sobre onde as crianças se deviam apresentar e fartei-me de procurar respostas, de fazer telefonemas. Estamos todos aqui num impasse", lamentou João Ramos, o presidente da Junta da Erada. "Começa hoje o ano lectivo e ninguém nos contactou. Estamos tristes e revoltados, porque parece que andam a gozar com as pessoas", comentava Cristina Carvalho, tal como os restantes pais indignada por no primeiro dia de aulas nem a Câmara Municipal da Covilhã nem o agrupamento escolar ter informado a autarquia local ou as famílias.

No mesmo dia, as famílias foram oficialmente informadas que as crianças iriam frequentar a escola do Paul. À noite, numa reunião entre os pais, o vereador com o pelouro da Educação, o advogado do município e a Junta de Freguesia, acabou por ficar decidido que os alunos serão transportados numa carrinha, que os vai buscar à porta da antiga escola, que as refeições serão feitas no local onde vão estudar e os encarregados de educação ouviram a garantia de que as actividades de enriquecimento curricular estavam também asseguradas.

"Esta solução não nos agrada, mas não temos alternativa. As crianças têm de ir à escola e nós temos de trabalhar" diz, resignada, Marta Martins, mãe de uma criança de oito anos, que teve de faltar ao trabalho, "precário", por causa de toda a indefinição, censura.

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