Encerramento da escola da Erada gera onda de revolta na população.
Cerca de duas centenas e meia de eradenses deixaram claro: "Não vamos desistir desta luta. A escola em Setembro tem de continuar aberta".
Com efeito, estava anunciada uma grande manifestação, que foi cumprida. Nem o calor intenso desmobilizou a população eradense que, aos poucos, se foi concentrando nas imediações do edifício escolar que está na lista do Ministério da Educação, que anunciou o fecho de 311 escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico, que serão integradas em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino, no âmbito do processo de reorganização da rede escolar. A confirmar-se este encerramento, os alunos da Erada serão transferidos para os estabelecimentos da vila do Paul.
Mas a ideia de encerramento nem passa pela cabeça dos populares revoltados e emocionados pelo momento difícil que estão viver. " Eu ajudei a construir esta escola em 1948. E em 1961 foi quando foi construído o segundo piso. Sabe, trabalhámos aqui muito e algumas pessoas da terra deram também muitas horas de trabalho gratuito para que a escola funcionasse. Em 1950, foi quando aconteceu a inauguração. Um dia de alegria, ao contrário do dia de hoje, que é um dia de tristeza. Queria estar aqui também a manifestar o meu descontentamento, mas já tive de ir para casa duas ou três vezes com as lágrimas nos olhos" explicava, visivelmente emocionado, Vergílio Bonifácio.
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Autor
João Cunha
Palavras-Chave
escola / Cerca / Erada / Encerramento / claro / luta / luto / gera / onda / revolta
Entidades
Vergílio Bonifácio / Notícia / Erada / Setembro / Ministério da Educação
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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