Banco alimentar já não consegue ajudar quem precisa

2015-11-25

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Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira espera "onda de solidariedade" na campanha do próximo fim-de-semana.

"Muitas pequenas ajudas fazem uma grande ajuda". É assim que Paulo Pinheiro descreve mais uma campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira (BACB). O presidente da instituição confessa que as necessidades são cada vez maiores e quem está no terreno sente diariamente uma dificuldade enorme em "dar a mão" a todos os que a pedem. "São muitas vezes as pessoas das próprias instituições que acabam por dar do seu bolso porque é dramático acompanhar algumas situações e saber que não se consegue chegar mais além".

Na região da Beira Interior o BACB apoia actualmente 44 instituições de solidariedade social dos concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso. No total são 5 mil e 900 as pessoas beneficiadas por esta ajuda, 990 das quais são crianças. "Sem o Banco Alimentar, muitas instituições deixariam de poder dar ajuda alimentar à população carenciada que lha solicita", recorda.

No próximo fim-de-semana os responsáveis do Banco Alimentar gostavam de bater o recorde das 50 toneladas, mas reconhecem que será muito difícil tendo em conta a crise que afecta cada vez mais as famílias da região. "Se forem mais do que as 31 toneladas doadas na última campanha já será muito bom, porque significava que teríamos mais alimentos disponíveis para distribuir". Mesmo com dificuldades, todos podem dar o seu contributo, por mais pequeno que seja. "Já tivemos quem nos desse 780 litros de leite, o que é excelente, mas se muita gente der apenas um litro conseguiremos ter muitas paletes", explica Paulo Pinheiro.

(Artigo conmpleto na edição papel)