Nos últimos dez anos, o distrito perdeu sete mil pessoas da população activa, mas o desemprego está em níveis elevados, analisa a União dos Sindicatos de Castelo Branco.
A ligeira diminuição do desemprego em relação ao ano anterior não correspondeu à criação de novos empregos. É resultado da emigração, das reformas antecipadas, dos abatimentos nos Centros de Emprego de desempregados de longa duração que já não beneficiam de qualquer apoio social e por isso deixam de comparecer às chamadas, sublinhou Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, na passada terça-feira, 31, na Covilhã, durante a sessão evocativa dos 40 anos da criação do subsídio de desemprego.
"A população activa teve uma diminuição de cerca de sete mil pessoas em dez anos. Nós temos menos empregados e temos um desemprego que continua elevado", compara o dirigente sindical.
Os números elevados do desemprego no distrito, comparativamente aos outros concelhos, "já vem de há muitos anos", fruto das características da indústria na Covilhã. O que para luís Garra importa registar são os números do desemprego em concelhos onde a taxa era baixa ou muito distante da Covilhã e se foram aproximando, como é o caso de Castelo Branco. "Castelo Branco era apresentado como um concelho onde desemprego não era significativo e que de 2012 a 2014 teve um aumento substancial", frisa.
Os números apresentados mostram que em Dezembro de 2014 havia 10 mil 384 desempregados registados no distrito, 13 mil 862 com os quatro mil 478 desempregados ocupados, face às 324 ofertas de emprego registadas no Instituto de Emprego e Formação Profissional. O desemprego de longa duração atinge os 40 por cento.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
desemprego / Castelo / Branco / Sindicatos / Emprego / União / Covilhã / Garra / Reformas / emigração
Entidades
Luís Garra / luís Garra / União dos Sindicatos de Castelo Branco / Centros de Emprego / Covilhã
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