A Beralt queixa-se de dificuldades motivadas pela baixa cotação do volfrâmio e equaciona parar a produção se a situação não melhorar.
Caso a cotação do volfrâmio não aumente, as Minas da Panasqueira podem vir a suspender a actividade, avisou na passada quinta-feira, 19, o presidente do Conselho de Administração da Sojitz Beralt Tin & Wolfram Portugal, empresa concessionária. A excepção, explicou, seriam os trabalhos relacionados com o tratamento de águas e de manutenção das instalações.
Se a situação não se alterar, só existem condições para pagar salários até Junho, sublinhou Alfredo Franco, que disse já terem sido vendidos cinco contentores com um prejuízo de 700 mil euros para que os ordenados de Janeiro, Fevereiro e Março pudessem ser pagos.
Situação que, frisou, está a implicar "perdas incomportáveis" e que a manter-se pode obrigar ao recurso à suspensão temporária do trabalho, o chamado "lay-off". A Beralt tem actualmente 339 funcionários e, na eventualidade de até Junho a cotação internacional do volfrâmio não subir, a administração tenciona numa fase inicial dispensar reformados que estão ao serviço (52), avaliando cada caso, e colaboradores com contrato a termo (74).
"O mercado é muito atípico e tem de ser acompanhado diariamente, mas se nada mudar seremos obrigados a tomar decisões que serão más para toda a gente. Teríamos de parar toda a produção", afirmou o responsável pela empresa, que entretanto já reduziu a extracção de minério das habituais 120 toneladas mensais para 80 toneladas.
(Reportagem completa na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Panasqueira / Minas / suspender / actividade / Beralt / Tin / Wolfram / Portugal / Sojitz / situação
Entidades
Alfredo Franco / Conselho de Administração da Sojitz Beralt Tin & Wolfram Portugal / Beralt / Minas da Panasqueira / Janeiro
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