Paulo Fernandes quer colocar região no radar

2016-01-27

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Novo presidente da CIM define objectivos, em entrevista ao NC.

Como serão estes primeiros tempos de quadros comunitários?
Paulo Fernandes- Todos eles (quadros comunitários) nos ensinam que os primeiros tempos são muito complexos. Este, por razões acrescidas. O resultado final deixa-nos a todos desconfortáveis, mas mesmo o Estado estará desconfortável na negociação com a União Europeia. Foi das mais complexas. Houve dificuldade tremenda e traduziu-se numa alteração grande de paradigma. Se fosse para fazer as mesmas coisas, estariam a perguntar por isso. Este quadro traz novas coisas, na competitividade, na inovação. E temos que nos reajustar a essa realidade para um território com pouca densidade, como nós. O nosso tempo de adaptação é mais complexo do que em outros territórios mais desenvolvidos, já adaptados a isso. Com universidades e empresas já um passo à frente, o que facilita.

É um grande desafio?
Estamos perante um grande desafio da região, perante a desertificação, com graves problemas de coesão e competitividade. Temos metade das empresas por quilómetro quadrado que tem a média da região centro. Um tecido empresarial com micro-empresas, universidades e politécnicos mais recentes que outros, pelo que temos que reforçar a relação com as autarquias. Este quadro coloca-nos esses desafios. Depois há problemas de carácter endérmico, como a mobilidade e acessibilidades, que procuraremos resolver. Um grande desafio na CIM é a manutenção de toda a rede viária municipal, que saiu da espera central para a municipal, ao longo dos anos. Há também uma questão muito importante, que é perceber que temos uma entidade jurídica nova, que pode desempenhar um papel na partilha de recursos. Somos todos pequenos e temos que encontrar soluções para que a dimensão crítica menor não nos prejudique.

(Entrevista completa na edição papel)