Assembleia Municipal aprova, por maioria, acordo da Câmara com a Parqc para pagamento da dívida de 8,5 milhões de euros.
Vão ser dez anos. Uma década. Em que, na Covilhã, a Câmara terá que pagar à ParqC a dívida relativa ao contrato de concessão do estacionamento na cidade, no valor de 8,5 milhões de euros. Mas que, com juros, ascenderá a mais de 11 milhões. Pagos em 120 prestações. O acordo já tinha sido selado entre a Câmara e a empresa na semana passada, e na última Assembleia Municipal de 2015, na passada terça-feira, 29 de Dezembro, o mesmo teve aprovação da maioria dos deputados municipais. Os representantes de PSD e Movimento Acreditar Covilhã (MAC) votaram contra. CDU absteve-se. Socialistas e presidentes de Junta deram o seu aval positivo.
Um tema controverso que aqueceu o final da extensa reunião (durou mais de sete horas), já que foi o último ponto da ordem de trabalhos a ser discutido. Vítor Pereira, autarca covilhanense, não tem dúvidas em classificar a dívida à ParqC como "o problema" do executivo neste mandato, aquele que representa maior peso financeiro, mas lembra que o herdou. Devido ao "incumprimento grave, reiterado, negligência grosseira" do seu antecessor, Carlos Pinto. Recorde-se que, em tribunal, a Câmara tinha sido condenada a pagar 8,9 milhões de euros. O executivo negociou com a empresa e chegou a acordo para saldar uma dívida de 8,5 milhões de euros. Mas até 1 de Setembro. Sem dinheiro para o fazer, e sem encontrar financiador, a Câmara passou a ter que pagar juros sobre esse valor, nos últimos quatro meses, e agora conseguiu a operação para que seja pago este montante.
Em traços gerais, Vítor Pereira explica que a ParqC irá ceder os seus créditos a dois bancos, a quem a Câmara pagará, em dez anos, o montante em dívida. Ou seja, em 120 prestações. As 36 mensalidades no valor de 30 mil euros, depois as restantes de 50 mil, sendo que a última será a de amortização de um valor mais elevado e da maioria dos juros. Cerca de dois milhões e 80 mil euros. Mais juros. Um total que rondará os quatro milhões de euros. "É um acordo melhor que o primeiro. Que apontava para 13 milhões de euros. Ou seja, menos dois milhões e meio, sensivelmente. E há um dado importante. Na anterior solução, era de arrendamento. Agora estamos em propriedade do silo" diz o autarca. Que assegura que a Câmara pagará "menos, e em menos tempo.
(Artigo completo na edição papel)
Autor
João Alves
Palavras-Chave
Câmara / milhões / euros / dívida / Parqc / pagar / Assembleia / Municipal / acordo / valor
Entidades
Vítor Pereira / Carlos Pinto / Câmara / PSD / Movimento Acreditar Covilhã
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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