António Fidaldo, reitor da UBI.
O País tem de investir em mais formação. Foi isso que defendeu na passada segunda-feira, 10, durante a cerimónia de abertura do ano lectivo 2016/2017, no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo.
Segundo a governante, este é um dos desafios mais complexos que se coloca não apenas às instituições de ensino mas também à sociedade, e que é necessário enfrentar. A secretária de Estado realça que "apenas um em cada três jovens, com idade situada no período em que deviam estar a fazer a sua formação superior, o estão a fazer. E este é um número que, no mínimo, nos deve preocupar a todos". Um número que, para a mesma, "não é aceitável". "O País não pode querer enfrentar uma Europa, um Mundo, tendo níveis tão frágeis na formação dos nossos jovens", diz, salientando que "um em cada três, não é bom para o País, não é bom para todos nós".
Maria Fernanda Rollo afirma que este é um desafio que a sociedade tem de pensar quando se fala em Ensino Superior e defende a partilha de esforços a "nível do poder regional, do poder autárquico e de todas as associações, sensibilizando para a importância da formação da nossa população e dos nossos jovens em particular".
A secretária de Estado do Ensino Superior lembra ainda que, "ao nível de ensino profissional, cerca de 80 a 90 por cento dos nossos jovens não prossegue estudos superiores", e por isso defende que "não podemos tranquilamente encarar o nosso futuro tendo presentes estas referências".
Ensinar com exigência
Já o reitor da UBI, António Fidalgo, defende que a UBI precisa de continuar a "ensinar e fazer ciência como cultura de exigência" e que esta deve ser a "missão fulcral da universidade". António Fidalgo destaca que "só é grande uma universidade onde muito se estuda, onde todos estudam, a todo o tempo, e em que tudo, aulas, laboratórios e bibliotecas, centros e serviços, sirvam o propósito do estudo".
A sessão de abertura solene do ano lectivo ficou ainda marcada pela atribuição de três doutoramentos "honoris causa" ao poeta António Salvado, à professora e historiadora Elisa Pinheiro e ao professor e engenheiro Ryszard Kowalczyk.
Personalidades que para António Fidalgo, "pela obra realizada nos respectivos âmbitos e pelo contributo para engrandecer o nome da UBI e da região, merecem, com toda a justiça, receber a maior homenagem da instituição".
Autor
Ana Rito Pinto
Palavras-Chave
UBI / Ensino / António / Superior / Fidaldo / Estado / País / Fidalgo / formação / jovens
Entidades
António Fidaldo / Maria Fernanda Rollo / António Fidalgo / António Salvado / Elisa Pinheiro
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