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Beira Interior vê passar comboios

2018-04-24

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Linha da Beira Baixa é um investimento estratégico.

A necessidade de internacionalização das nossas empresas torna a competitividade de uma pequena economia fortemente dependente da eficácia e eficiência dos sistemas de transporte de mercadorias. No caso português, em geral, e da Beira Interior em particular, esta questão acentua-se devido às suas posições periféricas em relação aos mercados europeus, os seus principais parceiros comerciais.

Promover o transporte de mercadorias, facilitando a movimentação de cargas entre os principais pólos nacionais e internacionais, contribuindo para a competitividade da economia regional deve ser um desígnio oferecendo capacidade, flexibilidade e fluidez, através de uma rede de transportes sem estrangulamentos ou constrangimentos e assegurando a interoperabilidade e a multimodalidade nos principais corredores internacionais de mercadorias.

A localização geográfica da Beira Interior relativamente às principais infraestruturas de transporte de mercadorias, principalmente ferroviárias, num cenário de intermodalidade oferece às nossas empresas algumas dificuldades para se posicionarem relativamente ao corredor de Mercadorias Nº 4, vulgarmente designado de "Corredor Atlântico" que une Portugal, Espanha, França e Alemanha contemplando ainda uma outra ligação ao porto fluvial de Strasburgo e constituído pelos troços da infraestrutura ferroviária existente e planeada entre Sines/Setúbal/Lisboa/Aveiro/Leixões–Algeciras/Madrid/Bilbao /Saragoça – Bordéus/La Rochelle/Nantes/Paris/Le Havre/Metz/Strasburgo – Mannheim, transpondo as fronteiras em Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, Elvas/Badajoz, Irun/Hendaye e Forbach/Saarbrücken.

Porque é importante a linha da Beira Baixa?

A linha da Beira Baixa que vai desde o Entroncamento até à Guarda, numa extensão de aproximadamente 240 km, permite o fecho de malha e a redundância de rede na zona centro do país, contribuindo para o descongestionamento da Linha do Norte e a Linha da Beira Alta, apresentando-se como um canal alternativo e mais curto ao tráfego Internacional de mercadorias, aumentando significativamente a capacidade de ligação à fronteira de Vilar Formoso.

Esta faz parte do Corredor Atlântico e integra o projeto prioritário n.º 8 da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), que tem como objetivo contribuir para potenciar a dinamização do transporte ferroviário, nas ligações inter-regionais e na ligação a Espanha.

Mas para que a Linha da Beira baixa consiga ser uma verdadeira alternativa ao transporte rodoviário de mercadorias é importante viabilizar a introdução de novos modelos de exploração nos comboios de mercadorias com uma aposta na redução dos tempos de percurso e na criação de itinerários alternativos, mais curtos, para o tráfego de mercadorias com destino à fronteira e proveniente do Centro/Sul de Portugal; aumentar a capacidade nas ligações internacionais e viabilizar a circulação de comboios com maior capacidade de carga para criar economias de escala e torná-lo mais competitivo relativamente ao transporte rodoviário. O investimento previsto na Linha da Beira Baixa apresenta-se por isso estratégico para um uso mais eficiente do transporte de mercadorias e para as exportações da região.



Autor
Susana Garrido

Categoria
Opinião

Palavras-Chave
Beira / mercadorias / Linha / transporte / Baixa / Interior / principais / capacidade / corredor / rede

Entidades
Le Havre / Internacional / Linha da Beira Baixa / Beira Interior / Mercadorias Nº 4

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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