Os responsáveis do call center da Altice/Randstad contam chegar este ano aos 150 postos de trabalho.
Elisabete Lourenço, 55 anos, foi emigrante durante 42 anos em França, onde trabalhou em limpezas. Há dois decidiu regressar às origens, na Covilhã. Encontrou emprego na hotelaria, mas quando surgiu a possibilidade de trabalhar no centro de contacto da Altice/Randstad instalado no Parkurbis, agarrou a oportunidade de mudar de vida e de fazer uma coisa em que nunca tinha pensado, mas de que gosta.
A covilhanense nascida em Lille, que tem facilidade em falar as duas línguas, atende clientes de uma operadora de comunicações francesa. Não se imaginava nesta actividade, mas como ela muitos outros ex-emigrantes viram aqui uma forma de prosseguir um novo caminho. Em 78 % dos casos os funcionários vêm de uma situação de desemprego, 30% têm uma licenciatura ou habilitações superiores e metade dos trabalhadores são mulheres, de acordo com dados apresentados por Alexandre Fonseca, o presidente-executivo da Altice.
A funcionar desde Fevereiro, o espaço inaugurado oficialmente na passada terça-feira, 24, na presença de Pedro Siza Vieira, o secretário de Estado Adjunto e do Comércio, tem actualmente 100 funcionários e os responsáveis contam chegar até aos 150 "até ao final do ano". Mas o espaço tem "capacidade para, a partir daí, continuar a crescer até um número que estimamos 200", informa José Miguel Leonardo, o director-executivo da Randstad Portugal, que tem 13 call centers no país.
O centro de atendimento "é para todas as faixas etárias", acentua José Miguel Leonardo. "Estamos a garantir salários para pessoas com mais de 50 anos", reforça Alexandre Fonseca. O aproveitamento da "aptidão da língua francesa" de muitas pessoas com ligação aos países francófonos, muitas delas já com uma idade em que é mais difícil conseguir emprego, é também destacado por Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã. Os funcionários têm idades compreendidas entre os 20 e os 58 anos e considera a política seguida pela Altice e a Ransdtad "um exemplo que estão a dar ao país".
Alexandre Fonseca frisa o compromisso que a empresa tem com o Interior do país, fazendo os seus investimentos em territórios de baixa densidade, de forma a criar emprego e ajudar a combater a desertificação.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Altice / Lourenço / França / Randstad / Elisabete / Fonseca / Centro / Alexandre / emigrantes / emigrante
Entidades
Elisabete Lourenço / Parkurbis / Alexandre Fonseca / Pedro Siza Vieira / José Miguel Leonardo
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