Derrota caseira com Académica complica contas.
A chuva e o muito nevoeiro foram os principais protagonistas do jogo entre o Sporting da Covilhã e a Académica, que terminou com a vitória do emblema de Coimbra graças ao golo marcado ao cair do pano pelo capitão Marinho.
A sexta derrota da temporada da formação serrana, no jogo antecipado da 16.ª jornada da II Liga de futebol, faz com que a equipa comandada por Filó continue na penúltima posição, com oito pontos, os mesmos do último, mas com mais um jogo do que o Porto B.
Num terreno difícil, pesado, e a partida condicionada pelo nevoeiro intenso e persistente, por vezes cerrado, o que obrigou a um intervalo de meia hora e a nova paragem de cerca de dez minutos, aos 68 minutos, os jogadores entregaram-se a um jogo de luta, disputado, mas em que as melhores ocasiões pertenceram aos serranos.
A primeira metade, equilibrada e disputada, sobretudo com o Covilhã a tentar imprimir alguma intensidade e a conseguir empurrar a Académica para o seu meio campo, embora com ambas as formações a evidenciarem falta de objectividade, começou sem grandes motivos de interesse.
O primeiro remate enquadrado com a baliza surgiu apenas aos 29 minutos, pelo reforço Mica Silva, em zona frontal, mas Peçanha agarrou sem dificuldade. No minuto seguinte o médio (ex-União da Madeira) voltou a testar o guardião da "briosa", num remate rasteiro sem grande perigo.
O emblema orientado pelo histórico João Alves tentou aproximações à baliza dos "leões da serra", mas as investidas de Traquina e Djousse saíram por cima da barra. O único lance de real perigo dos forasteiros aconteceu ao minuto 41, na sequência de um livre batido por Júnior Sena, que São Bento afastou com os punhos. Ainda antes do descanso uma jogada de entendimento entre Adriano, Mica Silva e Guilherme Rodrigues fez o esférico passar por cima da barra.
Na segunda parte, que o nevoeiro obrigou a começar 15 minutos depois do previsto, as duas equipas apresentaram-se com maior ritmo e mais pressionantes. Logo a abrir Henrique Gomes desferiu um remate de longe, com força, que o guardião da "briosa" defendeu para canto. A resposta foi dada por Marinho, acabado de entrar, para render Traquina. O veterano arrancou pela direita e cruzou para Júnior Sena, que introduziu a bola na baliza, mas o lance foi anulado por fora de jogo.
Marinho voltou a assustar com um remate a rasar o poste e na outra área Deivison, isolado, teve ocasião soberana, só que não teve engenho para finalizar. Aos 62 minutos o brasileiro voltou a ter o golo nos pés. Solicitado por Mica Silva, que bateu um livre na esquerda, Daivison, na pequena área, tentou inaugurar o marcador, só que Peçanha desviou.
Numa altura em que o jogo estava movimentado, e quando a Académica tinha esgotado as três substituições, aos 68 minutos a partida foi interrompida, por falta de visibilidade. Quando foi retomado, o jogo perdeu qualidade.
Filó ainda trocou Caio Quiroga por Diogo Neto e Daivison por Onyeka, mas o momento do jogo foi definido por Marinho, aos 88 minutos. Numa transição, Saldanha abriu no corredor esquerdo, de onde Júnior Sena cruzou para o capitão da "briosa" concretizar, para gáudio dos adeptos da Académica, todo o jogo à chuva e sempre ruidosos.
Antes do apito final Mica Silva e Makouta ainda tentaram chegar ao empate, sem sucesso, já que o guarda-redes adversário conseguiu segurar o resultado e garantir a segunda vitória consecutiva da turma de Coimbra, que ascendeu ao 10.º lugar, enquanto o Sporting da Covilhã continua a registar apenas uma vitória em casa e duas no campeonato, após dez jogos.
Para Filó foi a experiência das duas equipas e as soluções no banco que fizeram a diferença num encontro em que considera que os serranos foram superiores.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
jogo / Académica / minutos / Covilhã / Silva / Mica / Marinho / Derrota / nevoeiro / Júnior
Entidades
Marinho / Filó / Mica Silva / Peçanha / João Alves
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