A pergunta é do Bispo da Guarda, que não comprreende sobrecarregamento da produção em C.Branco.
O Bispo da Guarda disse na passada à agência Lusa que não compreende o encerramento da fábrica Delphi local, quando a empresa multinacional está a "sobrecarregar" a produção na unidade de Castelo Branco. "O lógico era que a empresa, em vez de concentrar tudo na mesma fábrica, distribuísse a produção [pelas fábricas da Guarda e de Castelo Branco]", defendeu o prelado diocesano, após verificar que a unidade da Guarda encerra no dia 31 de Dezembro e a de Castelo Branco está "sobrecarregada" com trabalho.
Manuel Felício que levantou a questão no programa 'O Mundo Aqui', da Rádio Altitude, reafirma que a opção da multinacional de fabrico de cablagens para a indústria automóvel foi "concentrar a produção em Castelo Branco, para sobrecarregar aquela unidade e para retirar trabalho" à fábrica da Guarda. O bispo denuncia que em Castelo Branco, os operários "estão a trabalhar noite e dia" para "responder a encomendas", assistindo a Guarda ao fecho de uma unidade que dispensa "mil e tal" postos de trabalho. "É uma observação ética", diz, acrescentando que neste caso "está-se a assistir à ausência de ética nos processos de produção". Refere que "quando se fecha uma fábrica destruindo mil e tal postos de trabalho, numa cidade como a nossa, todos lamentam" a situação. "Gostaria de ver os critérios éticos mais bem aplicados", acrescenta, observando que, neste caso, nota a ausência de "responsabilidade social".
A poucos dias do fecho da unidade fabril da cidade mais alta do País, que lançará 321 operários para o desemprego, o Bispo da Guarda afirma também que é necessário "não ficar de braços cruzados e ajudar as pessoas a aproveitarem todas as oportunidades para as relançar na linha do trabalho".
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Autor
Notícias da Covilhã
Palavras-Chave
Guarda / Castelo / Branco / Bispo / produção / Delphi / unidade / fábrica / empresa / Lusa
Entidades
Manuel Felício / Lusa / Bispo da Guarda / C.Branco O Bispo da Guarda / Castelo Branco
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